Momento Orante
3º DOMINGO DO ADVENTO - Ano “A” – 15/12/2019
3º DOMINGO DO ADVENTO - Ano “A” – 15/12/2019
PALAVRA DE DEUS
Isaías 35.1-10
Salmo 146.5-10 ou Lucas 1.46b-55
Tiago 5.7-10
Mateus 11.2-11
“Os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” (v. 5).
O terceiro Domingo do Advento é chamado de “Domingo da Alegria”, a cor litúrgica é o róseo – cor da alegria. A liturgia da palavra destaca os grandes feitos de Deus e, sobretudo no Evangelho, das obras libertadoras de Jesus. O personagem que se apresenta no Evangelho de hoje é o profeta João Batista: “Dos nascidos de mulher nenhum é maior do que Ele” (v. 11a); o precursor é o “símbolo” da preparação da Boa Notícia anunciada por Jesus; João representa todas as pessoas que se tornam pequenas no Reinado de Deus para a responsabilidade de anunciar algo grandemente extraordinário: “Porém, o menor no reinado de Deus é maior que João Batista” (v.11b). E João Batista foi apresentado por Jesus como aquele que extrapolou a humildade do serviço: sem roupas nobres, sem riquezas, sem absolutamente nada, tinha apenas a missão de ser pequeno servo anunciando algo tão grandioso!.
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A nós cristãs e cristãos é dada uma grande responsabilidade para anunciar a mensagem de Jesus e seu projeto de amor, mas para recebe-la é preciso ser humilde, esvaziando-se das próprias vontades, dos orgulhos, da alto-suficiência, das manias e desejos pessoais – ou até mesmo da própria vontade pessoal e de prioridades pessoais e incumbir-se unicamente da vontade divina – . Somos, na missão de Deus, meros instrumentos de suas mãos – fomos escolhidos, antes de estar no ventre de nossa mãe, para esta dádiva do serviço da Boa Nova de Jesus; quando entendemos que o tempo que nos foi dado é o tempo do agora, nos ocuparemos do essencial; a melhor expressão do anuncio que fazemos é quando “diminuímos para que Ele – Jesus e sua mensagem – cresçam” (cf João 3.30) e então estamos respondendo à nossa vocação.
Em tempos em que o poder do status quo é válido mais que o caráter, a simplicidade, a humildade, a ética e o serviço aos mais empobrecidos, é revolucionário ser cristã e cristão quando nos espelhamos em João Batista – preparando o caminho de Jesus para a salvação plena da Pessoa Humana; é em nome de Jesus que realizamos nossa vocação, não como mérito, nem tão pouco como cargo/emprego, mas como serviço (na profundidade da palavra: Servos), pois “não fizemos mais do que a nossa obrigação” (cf Lucas 17.10) e o mérito é da ação do Espírito Santo que nos ungiu para a missão das opções do próprio Jesus, revestidos de sua Pessoa, revelando seu rosto, sua voz, seu serviço, sua atenção tão própria e seu amor incondicional às pessoas excluídas e abandonadas de nosso tempo.
Voltemos para a citação do começo de nossa meditação: “cegos, coxos, leprosos, surdos, ‘mortos’ e pobres”: O que Jesus quer dizer lembrando dessas categorias de excluídos? Em minha simples meditação creio que Ele quer revelar que a Alegria do anúncio de seu reinado é dada às excluídas e excluídos daquele tempo que deve ser anunciada a João e a todas as pessoas. A alegria do Evangelho de Jesus hoje é missão de toda pessoa batizada de incluir, os excluídos e excluídas, em nossa mesa comum; colaborando como Igreja para que as pessoas que sofrem o racismo, o preconceito, a xenofobia, a homofobia, o machismo, a violência física e moral e toda forma de exclusão tenham espaço de acolhida e de convivência fraterna; quando nos ocupamos das pessoas excluídas, revelamos a alegria do sorriso de Jesus e realizamos sua missão em nosso tempo.
Abraço fraterno,
Voz: Revdo. Cláudio Corrêa de Miranda
Ministro encarregado da Missão
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