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Reflexão do Evangelho do Domingo de Cristo Rei do Universo - Lucas 23.33-43 - 24/11/2019 (Podcast)

Jesus é para nós um rei, não só para dizer que Ele reina sobre forças espirituais. A mensagem de Jesus como Rei do Universo é uma palavra de encorajamento para que cada pessoa que crê nele não esmoreça na sua caminhada de fé, porque Deus cumpre as suas promessas. Jesus está acima de qualquer poder conhecido neste mundo e nada, absolutamente nada pode impedir os desígnios do Senhor.

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Entendo que, para compreender o conceito de Jesus como um rei, é preciso compreender a ideia de reino. Hoje em dia, não temos tantos reis no mundo. E aqueles que existem, na maioria das vezes, têm a sua figura ligada a um Estado, que não é a mesma coisa que um reino. O Estado é um país soberano, administrado por instituições, orientado por leis. Como exemplo, temos a rainha do Reino Unido ou como alguns chamam, rainha da Inglaterra, o rei da Jordãnia e rei da Arábia Saudita.

No tempo de Jesus, reino significava um território onde os habitantes estavam sujeitos a um rei. Em Lc 23.33-43, quando os romanos dizem que Jesus é o rei dos judeus, na verdade eles pretendem insultar os judeus, porque ali, diante deles, estava um homem derrotado, torturado e condenado à morte. Para o povo judeu, a mensagem soava dessa forma: vocês estão vendo, nós, os romanos, somos mais fortes, vocês são uns derrotados e estão submetidos a nós, como esse homem crucificado.
 
Os próprios judeus zombaram de Jesus: “‘Salvou os outros’, diziam; ‘salve-se a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Escolhido.’” (Lc 23.35). Nesse caso, estavam menosprezando aquele homem, e dando uma lição para todos os que o seguiam como mestre.
 
Para nós que cremos no Senhor, na verdade, os romanos e os judeus estavam dando início ao cumprimento de uma profecia acerca de Jesus, escrita em Ezequiel 21.26: “e assim diz o Soberano, o Senhor: Tire o turbante e a coroa. Não será como antes — os humildes serão exaltados, e os exaltados serão humilhados.”
Façamos um exercício mental. Retire qualquer título atribuído a Jesus, retire a sua divindade, tire a coroa de espinhos colocada em sua cabeça e as suas vestes ensanguentadas. O que temos? Para uma pessoa que lê o Evangelho sem fé, Jesus é apenas um homem inocente condenado à morte, vítima do Império Romano que queria demonstrar o seu poder baseado na força e violência; vítima da elite judaica que se sentia ameaçada pela sua influência sobre o povo.
Para um cientista, Jesus é só uma pessoa. Como qualquer uma de nós. Logo, ninguém merece ser difamado, condenado injustamente, ser torturado por capricho e, muito menos, assassinado.
 
Mas diz o Evangelho: “Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.” (Mt 10.28).
 
Cremos em Jesus. Ele venceu. Ressuscitou dos mortos. Está vivo. Toda a criação se submete a Ele, por isso tudo é possível dentro do seu domínio. Portanto, devemos ficar firmes e sem temor. Pois seu poder supera todo o entendimento humano. Viva o Rei Jesus.
Oremos.
 
Glorioso Deus, cuja vontade é restaurar todas as coisas em teu amado Filho, o Rei dos reis, Senhor dos senhores; misericordioso concede que os povos da terra, divididos e escravizados pelo pecado, encontrem liberdade e sejam reunidos em seu reino de amor, onde não há nenhum tipo de preconceito ou exclusão, por Jesus Cristo, o qual vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
 
(Livro de Oração Comum, Próprio 29, p. 461)