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18º Domingo depois de Pentecostes - 13/10/2019 (Podcast)

Evangelho do 18.º Domingo depois de Pentecostes: Lc 17.11-19

JESUS E A CURA DOS DEZ LEPROSOS

O Evangelho deste 18.º Domingo depois de Pentecostes traz o episódio em que Jesus cura 10 leprosos. É surpreendente o poder de Jesus sobre as enfermidades humanas. Apenas uma frase de Jesus foi capaz de fazer com que aqueles leprosos fossem curados. Disse Jesus: “Vão mostrar-se aos sacerdotes” (Lc 17.14). Lucas relata que enquanto eles iram, eram purificados. Apesar da cura fantástica, apenas um dos leprosos voltou para agradecer.

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Esses relatos sempre chamam a atenção para o fato de que, mesmo diante de curas milagrosas, são poucas as pessoas que se dispõem ao seguimento de Jesus. Vemos isso, por exemplo, após a multiplicação dos pães no capítulo 6 de João. As pessoas que viviam no tempo de Jesus talvez o vissem apenas como um curandeiro. Ou, quem sabe, reconhecessem nele um rabino. Logo, mostrar-se aos sacerdotes para cumprir um preceito da Lei dos Judeus, já deixaria os recém-curados leprosos em plena comunhão com o Todo Poderoso, desobrigados a agradecer a Jesus. Assim, por que retornar a Jesus para agradecer? O Evangelho diz que apenas um voltou, não diz que os outros 9 foram realmente encontrar os sacerdotes.

Abra os seus olhos! O verdadeiro milagre não foi a cura da moléstia física, mas a cura interior operada na vida daquele leproso que retornou, ajoelhou-se diante de Jesus e agradeceu. Perceba no trecho do Evangelho que os leprosos foram curados durante a caminhada para se apresentar aos sacerdotes. Assim, o leproso que voltou para falar com Jesus, nem sequer tinha se mostrado aos sacerdotes. Quando viu que tinha sido curado, simplesmente interrompeu a caminhada para agradecer a Jesus. Diz Lucas: “Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz” (Lc 17.15)

Pois então. Deparamos nessa leitura com a ação divina ocorrida no íntimo daquele leproso. A experiência da graça e da proximidade de Deus na vida dele. Esse milagre não é fácil de ser percebido. Tanto mais no tempo em que vivemos, em que muitas pessoas têm tudo do bom e do melhor e outros não sabem nem se vão ter uma refeição durante o dia, ou água. Nos dois extremos a cegueira é presente: para os mais abastados, a fartura traz a impressão de que se é melhor do que aqueles que têm menos; para os que não têm nada, traz a sensação de que é um amaldiçoado. Nos dois casos pode haver uma impressão de que foram lançados no mundo ao sabor do acaso e que esse papo sobre Deus é estória para boi dormir.

O que o Evangelho quer nos transmitir nessa passagem de Lucas é que todos os dias há manifestações de Deus nas nossas vidas. Que curas físicas ou milagres extraordinários não são mais importantes do que a firme convicção de que Deus está operando em sua vida e que a verdadeira felicidade só é alcançada ao se submeter interiormente ao Senhor e deixar que Ele transforme a sua vida, e tudo mais ao redor dela. Perceba, mesmo os ricos são infelizes na sua fartura e, por outro lado, muitos pobres ou limitados fisicamente são felizes nos seus infortúnios. Faça a experiência do leproso: confie no que Jesus fala a você e perceba o milagre divino acontecendo no meio da sua caminhada.

Voz: Rev. Sérgio Augusto Santos da Silva