Texto sobre a plantação de mudas – Projeto Ecumênico Plantando Vidas
Na manhã desta segunda-feira, 21 de setembro, dia da árvore – nós da Diocese Anglicana da Amazônia estivemos na sede do Movimento República de Emaús, em Belém, em conjunto com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Embrapa e mulheres do Bairro Benguí, para participar de um momento que foi ao mesmo tempo prático e místico.
Participamos de uma roda de conversa a respeito da importância do cuidado e da preservação das sementes das espécies de árvores nativas da Amazônia como uma herança e também um legado que devemos preservar e passar para as próximas gerações. Essas árvores geram vida através de suas sombras e frutos e são essenciais para a manutenção de nosso bioma.
Logo após, em um círculo, sob a sombra das árvores plantamos e transplantamos mudas, plantamos sonhos e reafirmamos nosso desejo de caminhar em conjunto plantando vidas.
A Comunhão Anglicana espalhada pelo mundo inteiro faz parte dos movimentos de luta pela justiça ambiental, e estamos vivenciando desde o início do mês de setembro até o dia 04 de outubro na Comunhão Anglicana o Tempo da Criação, tempo de orar e agir por mudança de comportamento, por conscientização e por justiça socioambiental e de conscientizar sobre as mudanças climáticas e de denunciar profeticamente tudo o que destrói a vida em nosso planeta.
Foi muito animador participar desta ação porque como Igreja Cristo firmada nesta região tão diversa queremos somar forças nas discussões sobre a necessidade de cuidar de nossa biodiversidade, de incidir na realidade em vivemos, de construir um novo tempo com maior consciência de que precisamos preservar a natureza e preservar as vidas das comunidades originárias (indígenas, ribeirinhas, quilombolas) vivem em nossa região e que são importantíssimas para a preservação de nossa casa comum. Queremos nos somar nas discussões sobre as mudanças climáticas e sobre os impactos dessas mudanças em nossa biodiversidade e nas vidas nas comunidades em nossa região, também queremos elevar nossas vozes e denunciar os processos de desregulamentação das políticas socioambientais, de sucateamento das instâncias de proteção ambiental e das violações de direitos das populações originárias.
E temos a certeza de que esse foi o primeiro passo de uma jornada – que essas mudas servirão para nos ajudar no resgate da maravilhosa diversidade da natureza que nos cerca (criação de Deus / nossa casa comum), e serão instrumentos também de reflexão, de discussão sobre o que está acontecendo em nossa Amazônia.
Sigamos firmes em nosso desejo de plantar sonhos e plantar vidas!
+Marinez Bassotto
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