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SER MÃE

MAES DAAFalar sobre maternidade é falar de um sentimento e de uma experiência viscerais para todas as mulheres que optaram por ser mães, sejam elas biológicas ou adotivas, e não está desassociado de suas vivências como mulheres.

É necessário que tomemos consciência a respeito dos papéis que a sociedade impõe as mães – há todo o “glamour” da maternidade que lhes é oferecido, as mães são erguidas a um patamar superior, quase heroico, e humanamente impossível de ser alcançado, se a romantização da maternidade por um lado é glamourosa por outro lado é uma agressão porque não lhes dá a possibilidade de erro, e lhes é cobrada uma sabedoria e uma autonegação que está além de suas possibilidades.

Ao mesmo tempo em que a sociedade parece colocar as mães em uma posição de reconhecimento, as reduz à um estereótipo e lhes atribui toda a responsabilidade pelas atividades domésticas e educação dos filhos e filhas (como se esta não fosse uma obrigação familiar de pais e mães) – e como toda mãe ama incondicionalmente, espera-se que abra mão de seus próprios sonhos, desejos e vontades em prol de seus filhos e filhas.

Reduzir a vida das mulheres à maternidade já é, por si só, uma enorme violência, mas nossa sociedade faz mais que isso, cria uma espécie de meritocracia maternal, com a existência de um binário mães “más” e mães “boas” e isso faz com que as escolhas das mulheres pela autonomia muitas vezes lhes causem culpa.

Diante desta realidade, neste Dia das Mães rendemos graças a Deus pelas vidas daquelas que saem para trabalhar ao alvorecer e daquelas que são mães em tempo integral, pelas vidas das mães das periferias, das favelas, dos grandes centros urbanos, bem como das mães das áreas rurais. Pelas vidas das mães de nossa comunidade de fé, de todas as crenças e credos e daquelas que e exercem o direito de não crer, das mães idosas, das mães jovens, mães solteiras, e de todas as avós que se tornaram mães dos filhos(as) de seus filhos(as). Pelas vidas das mães refugiadas e migrantes, das mães de todas as etnias (negras, quilombolas, indígenas, pardas, brancas), pelas vidas destas e de todas as que vivem uma rotina que de rotina mesmo quase não tem nada.

Pelas vidas delas que correm, se preocupam, se desdobram, e encontram tempo para serem mulheres, conscientes que são da importância de sua ação na sociedade.

A todas as mães em suas diversidades – desejamos um lindo, iluminado, abençoado e Feliz Dia das Mães!