Momento Orante
Reflexão do Evangelho do 4º Domingo da Quaresma – ANO “A” (PodCast 22/03/2020)
4º Domingo da Quaresma – ANO “A”.
O Evangelho deste 4º Domingo da Quaresma nos apresenta um personagem central da mensagem de Jesus: o cego de nascença e por meio dele Ele nos dá uma mensagem importantíssima para nossa vida a de que somente através Dele – de Jesus – somos capazes de enxergar além de nossa própria visão – Ele nos ensina que a cegueira não está nos olhos, mas na mente e no coração..
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A ação de Jesus de cuspir na terra, fazer um barro, aplicar em seus olhos e o enviar a lavar numa piscina nos faz entender que toda ação faz acontecer uma reação. A ação tanto a de Jesus como a do cego de nascença revelam o poder do Espírito de Deus com a manifestação da fé – esse ensinamento do Evangelho nos ajuda a compreender que a Luz de Jesus brilha abundantemente quando nos esforçamos a buscar seus sinais mesmo que as trevas de nosso mundo nos queira levar para a falta de esperança, de amor e, claro, na maturidade da fé.
Essa ação de Jesus causou confusão entre os fariseus que só enxergavam seus discursos por meio de leis muitas vezes desumanas, muitas vezes leis cegas, incapazes de cuidar e salvar a pessoa humana e foi por isso que no final do capítulo nove Jesus diz: “foi para um discernimento é que vim a este mundo: para que os que não veem, vejam, e os que veem, tornem-se cegos” (v. 39), mostrando às pessoas de seu tempo e a nós hoje que o “pior cego é aquele que mesmo vendo, não quer enxergar”.
Por isso que, para nossa meditação deste final de semana, é importante lembrar que os olhos da mente e do coração são essenciais em nossas relações, em nossas ações e em nossa vida pessoal. O cego de nascença que fala o Evangelho deste domingo pode ser alguém que está tão próximo de nós, alguém excluído pela sociedade, alguém ignorado, que passa perto de nós e o vemos, mas não o enxergamos. Acredito que quando Jesus se aproximou daquele homem pedinte, excluído, marginalizado, um “zé ninguém”, foi criticado – inclusive por seus próprios discípulos que achavam que ele era cego porque os pais dele pecaram e foram castigados! Hoje precisamos seguir os passos de Jesus, ficar do lado das pessoas que são excluídas de nosso tempo; se seguimos Jesus sua Luz brilha em nossa vida e nos faz enxergar além de nós mesmos o sinal de sua salvação.
Em tempo de pandemia do covid-19, nos aproximar dos marginalizados requer verdadeiro amor, coragem e fé – acima de tudo: e podemos assim dizer que as pessoas profissionais da saúde são as mãos, os braços, o coração e os olhos de Jesus! Nos aproximar é orar pelas vítimas do mal que assola a humanidade. Nesse tempo, também, estamos reaprendendo a conviver com nossos familiares, a enxergar em nossas relações o amor de Deus presente em nossas vidas, a “lavar” nossos olhos na piscina do batistério de nossa existência, de nossa fé e a enxergar o amor de Deus nos mais próximos de nós.
Peçamos a Deus que nos dê sua bênção e nos ensine a ver e agir – por meio de seu Evangelho – de modo que sejamos pessoas da Luz Divina em meio às trevas de nosso tempo. Amém.
Narração: Luciléia Barata de Miranda
Representante Diocesana do SADD na DAA
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