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Breve palavra do Bispo da Diocese da Amazônia

“Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas”
(Vladimir Maiakóvski).

Entendo e compartilho da euforia de muita gente no dia de hoje. Coloquei o poema do Maiakovski para alertar sobre a necessidade de nos mantermos serenos e tentarmos entender os "sinais dos tempos" (proposta do próprio Jesus). Como diz o ditado popular: o buraco é mais embaixo. Muito mais embaixo!

Preocupa-me muito a desmoralização da política e da democracia. O impeachment do Temer será mais um sinal fantástico neste sentido. Lembrando que tudo isso que tem acontecido no mundo não é "contra a esquerda", mas contra um modelo de capitalismo neoliberal  que se vê obrigado a manter certo nível de compromisso social. Estamos diante da agonia deste modelo e uma radicalização cruel do sistema. Esse é o discurso da atual extrema direita bem simbolizado no Tea Party... Esse e o discurso de políticos como Doria e das grandes corporações e investidores internacionais. Quem viver, verá.

Sugiro dois leituras para acompanharmos os eventos: 1984 de George Orwell e Apocalipse, de um cara chamado João.
Como orou São Francisco: “Altíssimo e glorioso Deus,iluminai as trevas do meu coração e dai-me uma fé direita, esperança certa e caridade perfeita, bom senso e conhecimento, Senhor, para que faça vosso santo e verdadeiro mandamento. Amém”.

+Saulo
Bispo da Diocese Anglicana da Amazônia.