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10º Concílio Diocesano

O clérigo anglicano Arthur Moss chegou à Amazônia com dois propósitos simples em mente: implantar uma capelania para falantes de língua inglesa e construir uma pequena capela no terreno do cemitério britânico. Jamais imaginou os rumos que tomaria seu trabalho cem anos depois.

A Igreja Anglicana mudou muito neste longo espaço de tempo. Recentemente recebi uma foto na qual nitidamente vemos o primeiro altar da então Paróquia de Santa Maria afixado na parede do presbitério. Naquela época o sacerdote anglicano celebrava de costas para o povo. Desde a década de sessenta do século passado que essa visão foi transformada e o celebrante fica de frente para a congregação. Mais ainda, hoje se procura formas arquitetônicas que coloque as pessoas em volta do altar, como foi na primeira celebração da ceia. Apesar de conservar suas referências, a identidade anglicana atual é bem diferente daquela época.

Também o mundo mudou, somos confrontados no nosso contexto com temas impensáveis há cento e quatro anos. Como Igreja, somos chamados a apresentar respostas pertinentes aos assuntos que estão em evidência. Certa ocasião uma repórter estadunidense questionou se a Igreja Católica Romana estaria tratando de alguns assuntos devido a alguns posicionamentos polêmicos da Igreja Anglicana. Respondi imediatamente que não, não temos essa pretensão, na verdade as duas tradições cristãs estão tentando responder as demandas da sociedade ocidental.

Pois é, nessa perspectiva de transformações a Igreja Anglicana na Amazônia tornou-se uma diocese. Afinal, para o cristão anglicano a Igreja é a diocese, onde os ministérios e carismas do Espírito Santo se manifestam de forma plena. Na verdade faz tempo que desenhamos um projeto para a região Norte. Obviamente, ele não nasceu já pronto e acabado, porém foi sendo construído através da metodologia de “ensaio e erro”. Como diz o ditado: “o caminho se faz ao caminhar”.
Então, quase dez anos já passaram deste a instituição da Diocese Anglicana da Amazônia no dia 14 de outubro de 2006. É tempo de celebrar agradecendo a Deus pelas vitórias e refletir sobre os erros cometidos para que não se repitam novamente. É tempo também de deixarmos algumas coisas para trás e acolhermos novos desafios. Assim como fizeram os hebreus durante o movimento do êxodo. Por isso o tema do nosso Concílio este ano é: “Passemos para outra margem” (Marcos 4:35-41).

O Concílio vai se desenvolver em duas etapas: na primeira vamos tratar de questões burocráticas referentes à administração diocesana e na segunda meditaremos sobre a nossa história e a Palavra de Deus, encerrando com uma celebração litúrgica da nossa jornada. As datas devem estar anotadas nas agendas de todo anglicano amazônico: Sessão Administrativa 12 de março e Sessão Festiva 18-20/03/16, iniciando na sexta-feira às dezenove horas.
Nossos concílios foram sempre abertos à participação de todas as pessoas de bom coração, mas queremos fazer um convite especial para a nossa Sessão Festiva, venha estar conosco. Contaremos inclusive com a presença do bispo emérito da Diocese Anglicana do Recife, Sebastião Armando Soares para estudarmos juntos o texto bíblico lema da nossa assembleia.

Desde já também queremos divulgar outras datas comemorativas propostas pela comissão responsável:

1. Aniversário da igreja de Santa Maria (104 anos) – 10 anos como Catedral – 02/09/16
2. Instituição da Diocese Anglicana da Amazônia – 14/10/16

+Saulo Barros.